Cuidado com as palavras: elas são a sombra do que pode acontecer...

Saturday, May 31, 2008

Outro dia

Estranho pesar eu sinto...
Cansei de me esconder atrás das palavras, e também por meio delas...
Pra que falar demais? Se agora só o silêncio me basta, e me resta.
Quanto pranto rolado em vão, ou talvez não... Talvez cada lágrima que destes olhos brotou, numa semente vingou e o que era cristal se fortificou.
Quanta coisa a gente aprende e quanto detalhe passa a ter relevância. Frase de maior inteligência não poderia citar se não aquela que diz que a riqueza, a beleza das coisas mora nos seus detalhes. E quantos sinais mínimos eu não captei, ou interpretei de forma errada... Ahhh... Se o tempo voltasse... Mas se eu sei que não volta, do que adianta lamentar?
O que não tem remédio, remediado está. Para as dores do coração, tempo.
Todo mundo erra, faz suas idiotices... Mas na vida o idiota é aquele que é mais feliz. Ser idiota tem lá suas vantagens... "Seja um idiota", já diz Aillin Aleixo [leia um pedaço sequer].
Liberto-me das amarras da hipocrisia e tento seguir os passos que já trilhei, tudo de novo.

Saturday, May 10, 2008

Ser mãe é padecer no paraíso [frase da própria]

A natureza assinala suas perfeições e imperfeições, porque não, nos detalhes mais sutis que se possa imaginar... A mulher foi presenteada por ela com o dom de gerar novas vidas, e durante 9 meses sente dentro de si uma pequena semente que germina dia-a-dia; produzindo mudanças no seu corpo, na sua mente, no seu ego, nos seus sentimentos... Ainda não experimentei, e nem sei se as circunstâncias hão de me permitir futuramente, essa dádiva de frutificar outro ser a nossa própria imagem e semelhança... Mas guardo comigo a certeza de que só quem é mãe é quem sabe as delícias e os anseios desta arte.
Quem poderia perder horas de sono com nossos chorinhos de recém-nascidos?
Quem poderia decifrar cada entonação de tais choros entre alimentar, trocar, remediar, afagar, cobrir, entre tantos outros apelos?
Quem contaria com mais atenção a cada novo dente; quem esperaria com mais ansiedade uma primeira palavra dita, um primeiro passo dado?
Quem mais abriria as portas do armário pra gente revirar as panelas, inventaria qualquer moda pra gente parar de chorar, contaria pela milésima vez uma história para ninar, veria pela 20ª vez um desenho animado pra nos agradar?
Quem largaria qualquer coisa que estivesse fazendo pra correr pro hospital e perderia o sono pra medicar na hora certa?
Quem mais se preocuparia com que a nossa letra fosse bonita, com que não faltasse um "r" aqui, um "s ali; com que a gente não afundasse a ponta da canetinha; com que não nos esquecessemos da merenda da escola?
Quem mais correria atrás da gente pra botar uma meia, vestir um casaco, lembrar de levar o guarda-chuva?
Quem pensaria em cozinhar pra gente um prato especial quando a gente faz manha ou nos obrigaria a comer chuchu, beterraba, cenoura, brócolis e afins?
Quem novamente viraria noites em claro até ouvir o barulho da chave na porta e ter a certeza de que chegamos bem em casa?
Quem se descabela se a gente não atende o celular ou não liga, ou se a gente chega meia hora mais tarde?
Quem que implica com as roupas que a gente usa, repara nas nossas companias e já disse pelo menos uma vez na vida que estamos sendo "mal influenciados" por algo ou alguém?
Quem sempre diz pra gente se cuidar, não beber demais, não tomar banho quente e pegar vento frio, não comer demais e se jogar na água, não dar confiança pra qualquer um, não chegar muito tarde, cuidar com quem a gente anda de carro...
Quem mais poderia dar um monte de puxões de orelha e conselhos que quase sempre entram por aqui e saem por ali, mas que em algum momento as circunstâncias nos revelam empiricamente a devida importância?
Quem reclama da gente, mas não deixa que ninguém mais faça o mesmo e além disso daria sem pensar sua própria vida pela nossa?
Hoje é só mais um dia do ano?
Mais uma data que o homem impôs pra movimentar o comércio?
Talvez...
Mas é sempre válida a lembrança de que maior amor do que esse não há e em qualquer lugar do mundo MÃE É MÃE.
Com a minha eu discuto, choro, confidencio, implico, sacaneio, dou risada, abro o jogo e o coração, omito mas nunca minto... Eu posso ficar um tempo sem ver ela, mas nunca mais do que uma semana sem ouvir a voz dela, sem saber que tá tudo bem, e eu sei que a recíproca é verdadeira. O colo, o abraço, o beijo dela são incomparáveis... E eu levo sempre levo onde quer que eu vá o sorriso e a paciência que até hoje me guiaram e me fizeram ser quem eu sou...
Ela tem nome, mas eu só consigo chamar de mãe, e ainda por cima com o pronome possessivo na frente: MINHA.
Minha mãe, minha véia... Obrigada por tudo, TE AMO!



Feliz dia das mães a todas as mães, mas principalmente a aquelas que me presentearam com os maravilhosos amigos que tenho!